sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Passeio ao Uruguai 2012 - Nelson e Kátia




          No dia 1º de fevereiro de manhã deixamos o Leo e a Laura no local de onde iria sair o ônibus que os levaria para a colônia de férias em Torres. Depois das despedidas e de um aperto no coração deixamos eles e fomos pegar a moto para iniciar nosso passeio ao Uruguai, sem esquecer a carta azul (R$ 120,00 por 10 dias).
          No primeiro dia fomos, com paradas intermediárias, direto a Jaguarão; atravessamos a fronteira e fomos à Aduana pegar nossa autorização para circular pelo país.
          Não paramos em Rio Branco para compras e seguimos até Treinta y Três, cidadezinha pequena, sem muitos atrativos. Como o hotel que iríamos nos hospedar estava lotado tivemos que ficar em um hotelzinho muito ruim (Hotel Olimar). Não tinha garagem. Assim falei com o pessoal de outro hotel e nos deixaram colocar a moto, sem cobrança. De Rio Branco a Treinta e Três percorremos uma estrada com um belo asfalto, sem posto de gasolina, restaurante, nada, somente campo e mais campo.
          No segundo dia levantamos cedo; tomamos um café muito ruim que é servido no quarto mesmo e saímos para umas fotos.
          Para Colônia del Sacramento o GPS indicava uma estrada que não era asfaltada. Pegamos orientação em um posto de combustível e assim seguimos pela ruta 8, ruta 11 e ruta 1.
          As rutas 8 e 11 são muito bem conservadas, com pouco movimento. A ruta 1 também é  muito boa, mas um pouco mais movimentada por conta dos argentinos que vão e voltam em grande  número à Colônia.
          Nessas estradas não encontrei policiamento. O interessante é que todo esse percurso foi feito sem que víssemos ao menos uma casa, somente gado, muito gado.
          Interessante, também, é que depois de pagar o pedágio no Brasil, na BR-290, último posto da Concepa, fizemos toda a viagem sem pagar mais nenhum pedágio.
          Saindo de Treinta y Três, paramos em Minas e Canelones, mantivemos velocidade entre 100 e 130 km/h.
          Colônia é uma cidade muito interessante, com um centro histórico riquíssimo, ruas sem sinaleira, onde os veículos e pedestres sabem se comportar. Enquanto estivemos lá nunca ouvimos uma buzinada. Muitos turistas, principalmente argentinos. Existem várias pensões, como não conhecíamos a cidade acabamos em uma pensão boa, mas sem garagem. Tudo bem. A noite a moto ficava na calçada junto a porta de entrada do hotel.
          Ficamos o dia seguinte para fotografar, passear e a noite assistir o espetáculo de Som e Luz na igreja matriz. Não é tão bonito como o nosso de São Miguel das Missões.
          No dia seguinte tomamos o café e saímos em direção a Montevidéu.
          Em Montevidéu, enquanto eu via os preços em um hotel, a Kátia conheceu um casal de Porto Alegre que nos indicou o hotel onde eles estavam. É o Íbis Hotel, fica na beira da praia e tem garagem. A diária estava na média, US$ 81.
          Nós chegamos em Montevidéu sábado ao meio-dia. Assim pudemos conhecer a cidade sem o movimento dos dias de semana.
          Fomos para o hotel, descansamos um pouco e saímos para um passeio de moto.
          Quando voltamos já estava anoitecendo e os bares, restaurantes e pontos de encontro nas “Rambras”  estavam movimentados.
          O Domingo foi para descanso e passeios.
          Uma grande ajuda que tivemos em Montevidéu foi o GPS, pois coloquei como destino o endereço do hotel e pudemos passear por toda a cidade sem nunca nos perdermos. Valeu “GP”.
          Saímos de Montevidéu na segunda-feira de manhã cedo e, seguindo pela ID (interbalneária), almoçamos em Piriápolis. Demos uma olhada rápida e saímos em direção a Punta del Este., onde não paramos, pois o que vimos não nos agradou, muitos prédios, movimento de carros, sinaleiras. Detestável. Se tivesse tido paciência e tempo talvez teria descoberto os encantos de Punta. Duvido!!
          A IB está asfaltada até Jose Ignácio. Esse caminho é muito bonito. Nós não sabíamos e pretendíamos seguir por ela. Na dúvida nos informamos e tivemos que mudar o rumo. Saímos de Jose Ignácio e seguimos em direção a Ruta 9 por uma estrada de terra em bom estado. Sendo esta bem mais curta que a parte de terra da IB.
          Pela Ruta 9 seguimos até Rocha e descemos até La Paloma pela Ruta 15.
          Em La Paloma ficamos em uma área de preservação que tem apartamentos e espaços para barracas. Fica a meio caminho entre a Ruta 15 e La Paloma.
          La Paloma a noite é super movimentada. Assistimos um belo espetáculo de um grupo que se apresenta usando instrumentos feitos com material reciclado, se chama Urraka (urrakamusicaconobjetos.com).
          No dia seguinte saímos tarde e, seguindo a Ruta 10, que é bem menos movimentada que a Ruta 9 e apesar de não ser tão boa vale a pena, pois o visual é show.
          Paramos em La Pedreira, somente para fotos.
          Nós pretendíamos conhecer Cabo Polônio, mas quando ficamos sabendo que não se pode ir até lá de veículo particular e somente com transporte público e que são caminhões adaptados, somando a isso o calor infernal, desistimos.
          Almoçamos em Águas Dulces  Como não conseguimos hospedagem, seguimos até Castillos e lá ficamos em um hotel, simples mas bom, com um aparelho de ar que ficou todo o tempo ligado, pois até o asfalto estava derretendo.
          Castillos é uma cidade pequena sem atrativos.
          No dia seguinte, seguindo pela Ruta 9 chegamos a Punta del Diablo. Para quem gosta de um lugar organizado, dentro de sua própria desorganização, esse é o lugar. Em algumas partes não existem ruas para os veículos nem calçadas para os pedestres. È tudo uma coisa só. Visitamos, fotografamos e saímos, tão rápido como entramos.
          Daí seguimos para o Parque Nacional Santa Teresa, onde está localizado o Forte de Santa Teresa, preservadíssimo.

“A Fortaleza de Santa Teresa localiza-se na atual cidade de Catillos, Departamento de Rocha, no Uruguai. Considerada a mais expressiva do país, esta fortaleza inscreve-se no Parque Nacional de Santa Teresa, criado para protegê-la. Integrava a antiga linha raiana denominada como Linha de Castillos Grande (Tratado de Madrid, 1750) e tinha a função de guarnecer o desfiladeiro de Angostura, vizinho ao monte de Castillos Grande, cerca de vinte quilômetros ao sul da Lagoa Mirim.”

          Na entrada do parque trabalham policiais militares. É muito grande, têm várias praias, banheiros e locais para barracas. Tudo muito organizado e limpo.
          Tudo visto, seguimos para Barra do Chui, onde ficamos no Turismo Hotel, de propriedade de um cara de Novo Hamburgo. Os quartos são simples, o café também, mas é muito simpático, tem até uma parreira no pátio interno. Tem garagem.
          Nos acomodamos e fomos fazer compras no Chui/Chuy.
          Não achei grande coisa. A variedade de produtos não é lá essas coisas. Perfumes e bebidas são da hora, vale a pena. O resto...
          Como estava quente saímos de bermuda e camiseta. Na volta foi um dilúvio, choveu o que não devia.
          Chegamos bem massageados com as gotas da chuva. Esse foi a única chuva que pegamos durante toda a viagem.
          No dia seguinte desocupamos o hotel e partimos em direção a Rio Grande, mas antes demos outra parada em Chui/chuy para mais compras.
          Em Rio Grande decidimos seguir por Mostardas, aguardamos no porto a saída da balsa que nos levaria a São José do Norte. A travessia foi tranqüila. Em São José do Norte demos uma circulada rápida para conhecer e partimos para Mostardas.
          A estrada até Mostardas está muito boa, um asfalto que é um tapete, sem buracos. Pernoitamos em Mostardas.
          No dia seguinte seguimos para Capivari do Sul. Aí começou nosso pesadelo. A estrada estava totalmente esburacada, com buracos muito grandes e fundos. Em uma determinada parte ela está sendo arrumada e tivemos dificuldades para passar. Mas no final, com uma velocidade menor e dobrando os cuidados, chegamos a Capivari do Sul numa boa. Abastecemos e rumamos para Porto Alegre. Chegamos antes do meio-dia. Após o almoço passei a tarde lavando a moto, no capricho.
          O Uruguai é um belo passeio, tranqüilo, boas estradas, hospitaleiro. 
          Um dia retornaremos. 

          Para fins de comparação seguem alguns dados da viagem:
  • Motocicleta: Yamaha TDM 900 ano 2008.
  • Dias de viagem: 10
  • Quilometragem total rodando de moto: 2.479 km
  • Litros de gasolina: 124,25
  • Quilômetros por litro: 19,96 km
  • Despesa total : R$ 2.149,35    ($ 1.194,08)
  • Despesas com combustível: R$ 417,91    ($ 232,17)
  • Despesas com Hospedagem: R$ 992,00  ($ 551,11 )
  • Despesas com alimentação: R$ 657,44    ($ 365,24)
  • Outras (passeios, lavanderia, etc.): R$ 78,00     ($ 43,33)
  • Pedágio: R$ 4,00    ($ 2,22)
  • Valor comercial do dólar em fevereiro de 2012: R$ 1,80 


Exibir mapa ampliado





Exibir mapa ampliado


Para visualizar fotos acesse o Álbum de Fotografias

Definições a partir da reunião de 06/08/2011