sábado, 7 de novembro de 2015

Viagem à Patagônia (Ely, Juan e Nelson) 2015

         

          
            Nossa viagem iniciou no dia 12 de outubro de 2015.  No entanto o planejamento começou um ano antes. Foi feito o levantamento de custos (hospedagem, alimentação e combustível), além de determinar as rotas, os hotéis (como último recurso, pois poderíamos encontrar hotel mais em conta). Todo esse planejamento foi documentado e mostrado aos participantes, sendo que, com suas sugestões, deveria, ao final, se aprovado por todos.
           Fizeram parte dessa viagem:
       Luiz Alberto Laydner Ely  com uma Tiunth Explorer 120
      Juan Antonio Mendes com uma V-Strom 650
      Nelson Griza Ballardin com uma TDM 900

           Segue um breve relato da viagem.

           Dia 12

Encontramo-nos no posto da Edu Chaves às 7h. Saímos às 7h20min.
O dia estava nublado e pegamos chuva fraca. Temperatura de 18ºC.
Rodamos sem problemas e em pouco tempo estávamos em Rio Branco, Uruguai.
A passagem pela aduana foi rápida, sem burocracia.
Nessa cidade paramos para comprar dólares. Como não encontramos o conhecido do Juan que nos conseguiria a uma cotação melhor, tivemos que comprar na casa de câmbio. Trocamos cada dólar a R$3,70.
Seguimos viagem e por volta das 18h chegamos em Minas. Percorremos 740 km. Todo o percurso sem problemas, estradas boas.
A ideia inicial era pernoitar em Treinta y Tres, mas como tínhamos tempo antes do anoitecer demos uma esticada maior. Próximo a Minas paramos num posto para abastecer, mas não tinha gasolina, tivemos que ir até Aiguá, desviando 20 km.
Pernoitamos no Hotel Minas (http://www.hotelminas.com/), razoável para pernoite. Quarto solteiro a Uy$630.

Dia 13

A temperatura estava 8ºC.
Como tivemos problemas com o ajuste dos horários nos celulares, em vez de levantar às 6h30min, como programado, levantamos às 5h30min. Fazia muito frio e tinha muita cerração.
O percurso até Colonia del Sacramento foi tranquilo, onde chegamos ao meio dia.
Inicialmente o programado era seguir por terra e atravessar para a Argentina em Fray Bentos, mas como a polícia da província de Entre Rios sempre inventa motivos para roubar dinheiro dos turistas, resolvemos atravessar usando o BuqueBus em Colonia del Sacramento.
Chegando no porto fomos até o balcão para compra da passagem. Importante dizer que só aceitam dólares, tanto do  lado uruguaio como argentino.
Enquanto estávamos no balcão apareceram dois motociclistas, que pelo jeito que se vestiam viajavam de custom. Começamos a conversar e descobrimos que eram 2 curitibanos que também estavam indo para o Ushuaia. Chamavam-se Victor e Demerval.
Como o navio saia somente às 16h15min, saímos para almoçar, junto com os 2 novos parceiros de viagem.
No horário marcado embarcamos e uma hora depois estávamos em Buenos Aires. Chegamos no horário de maior movimento. Caminho colocado no GPS, seguimos com cautela para nosso destino. A travessia foi tranquila apesar do movimento.
Fato inédito foi que ao chegar perto de um posto de pedágio, como eu não sabia qual cabine pegar, segui alguns motoqueiros que passaram atrás de um caminhão sem parar. Pensei que, como normalmente ocorre, as motos não pagavam e segui junto. No momento exato que eu passava a cancela baixou. Foi aquela batida no meu capacete. Eu não senti nada só o barulho. Parei logo em seguida e vi que a cancela estava danificada. Foi difícil para o Juan explicar para a atendente que eu pensei que moto não pagava e que eu não pretendia passar sem pagar. Fomos entender depois que os motoqueiros, para não pagar o pedágio, passavam bem grudados na traseira do caminhão. Foi aquele mico.
Nosso destino é Cañuelas, onde iríamos pernoitar. Chegamos às 20h. Às 21h estávamos jantando. Após fomos dormir.
O farol baixo da minha moto queimou. Como tenho os faroletes fui levando assim.

Dia 14

Levantamos cedo e tomamos nosso café, que, por sinal, era muito fraco. Como eu iria notar durante toda a viagem, o café da manhã é muito pobre. Frutas nem pensar.
No caminho pegamos muita chuva. A RN-3 tem bom asfalto, longas retas, muito vento e paisagem monótona e plana.
De repente dois policiais nos pararam e pediram documentos para o Juan e para o Vitor, alegando que eles tinham ultrapassado faixa contínua. Como eles perceberam que estávamos filmando baixaram a bola e nos deixaram ir.
Após um abastecimento, eu fiquei parado no acostamento esperando o Ely sair do posto. Como estava demorando resolvemos retornar ao posto. Durante a manobra um vento muito forte fez a minha moto tombar, sem que eu tivesse chance de segurar. Ela caiu em cima de meu pé, que inchou na hora. A coisa ficou feia, mas não tinha choro, tive que continuar mesmo assim. Difícil de trocar as marchas.
Por volta das 18h estávamos em Bahia Blanca, Fomos direto para o Hotel Canciller (www.hcanciller.com.ar). Bom hotel.
Depois de instalados fomos ao supermercado comprar o que comer na janta. No hotel tinha uma cozinha comunitária, onde o Juan preparou uma janta. Como aconteceu em toda a viagem, tivemos que tomar somente vinhos nacionais.
No hotel coloquei gelo e comecei a tomar anti-inflamatório. Apesar de melhorar um pouco meu pé continuou ruim durante toda a viagem. Não pude mais usar a bota, tive que viajar de tênis.

Dia 15

Amanheceu com uma chuva fraca. Café tomado, saímos por volta das 8h.
Percurso sem muito que dizer, fora o fato da chuva e de muito frio, o que tornou a viagem cansativa.
Próximo de Puerto Madryn faltou gasolina da moto do Demerval. Como o Juan tinha bastante gasolina ele cedeu um o suficiente para chegarmos à cidade.
Como iríamos perceber durante toda  a viagem, as cidades de tamanho pequeno, como Puerto Madryn, são compostas por ruas muito largas, pouquíssimos ou nenhum prédio de mais de 2 andares, trânsito tranquilo e bem organizadas.
O Hostel Los Viajeros (http://www.hostelviajeros.com.ar) é bom. Não tem café da manhã, mas tem uma cozinha comunitária, onde fizemos nossas refeições.
Meu tornozelo estava incomodando bastante, quase não podia tocar o chão.
Como íamos ficar dois dias nessa cidade, aproveitei para descansar o pé.

Dia 16

Hoje levantamos um pouco mais tarde. Caminhamos pela cidade, olhamos algumas lojas. Seguimos, então, para a Península Valdés. Fizemos o passeio de barco para ver as baleias, da espécie franca austral. Esse passeio tomou muito tempo. Infelizmente elas não estavam de bom humor e não se mostraram por inteiro; Paciência.
Na volta desse passeio pegamos informação com um guia e como teríamos muitos quilômetros de estrada de rípio para conhecer os outros pontos de interesse, decidimos retornar à cidade, passando antes no local onde pudemos observar a ilha dos pássaros. Uma pequena ilha onde várias espécies de pássaros migram para procriar. Cada espécie de pássaro sempre ocupa a mesma área da ilha.
 Para conhecer toda a península Valdés o ideal é alugar um carro e ir bem cedo., assim pode-se conhecer todos os pontos percorrendo os 200 km de rípio.
Como os proprietários do hostel pretendem ir ao Brasil de férias, conseguimos trocar reais por peso. Um real por quinze pesos. Bem acima do oficial que é AR$9,50.

Dia 17

Levantamos às 5h30min, preparamos nosso café na cozinha e às 7h estávamos na estrada. Ao meio-dia estávamos em Comodoro Rivadávia.
A moto do Juan deu problema no retentor da suspensão dianteira. Como era sábado tivemos dificuldades em conseguir um mecânico e as lojas de peças já tinham fechado. Por sorte o Juan conseguiu um mecânico que resolveu o problema. É a pessoa a procurar em problemas com as motos.
A ideia inicial não era parar em Comodoro, mas devido ao problema na moto, tivemos que pernoitar nessa cidade. Pernoitamos no Hotel Vitória (http://www.hotelvictoriacrd.com.ar/). Muito bom.

Dia 18

Como levantamos à 5h30min, não pudemos tomar o café no hotel. Saímos e lanchamos na estrada. A temperatura estava boa, 13ºc e sem chuva. Na saída de cidade a RN-3 está cheia de buracos. Poucos quilômetros adiante ficou boa.
Em uma das paradas para abastecer encontramos um grupo de motociclistas argentinos. Trocamos algumas palavras e adesivos. Eles seguiram em frente e nós fomos abastecer.
Nesse dia andamos 809 km. Chegamos a Rio Gallegos às 19h e ainda estava dia.
Paramos no Hotel Covadonga
(http://www.hotel-alonso.com.ar/covadonga/index.html)
É um prédio antigo e muito bom hotel. Quarto triplo saiu por AR$600.
De todos os lugares onde comemos até agora o melhor foi o Restaurante Chino, rua 9 de Julio, 27. Imensa variedade de pratos, verduras, legumes, etc. Como há dias eu não comia verduras, difícil de encontrar por essas bandas, repeti vários pratos com verduras e Cia.
Deve-se prestar atenção ao fato de que entre as cidades de Comandante Luis Piedrabuena e Rio Gallegos não existem postos de combustível e são 240 km. Para uma moto que não tenha essa autonomia deve-se levar um galão de reserva.
Outro fato que merece atenção é que a partir de Comodoro há uma quantidade grande de Guanacos (é um camelídeo nativo da América do Sul, cuja altura varia entre 107 e 122 cm. Pesa cerca de 90 kg. A cor varia muito pouco, indo de um marrom-claro a um mais escuro, com pelagem branca no tórax e no abdômen.) que vivem soltos, podendo, a qualquer momento, atravessar a estrada e serem atropelados. Problemas para quem está de moto. Todo o cuidado é necessário. Vimos muitos mortos na beira da estrada. Também vimos uma camionete com a frente destruída parada no acostamento.

Dia 19

Novamente, tivemos que sair do hotel sem o café, pois levantamos muito cedo. A temperatura estava 4ºC e chovia. Pouco tempo depois estávamos no Paso Internacional Austral, onde ficamos por volta de uma hora, pois o processo era lento. Aqui saímos da Argentina e entramos no Chile. Feitos os trâmites necessários fomos para o ferryboat. A travessia do estreito de Magalhães foi rápida. Desembarcamos e logo estávamos em Cerro Sombrero. Fazia 6ºC e começou a nevar, muito pouco. Paramos no único posto de gasolina. Como era próximo do meio-dia, o posto estava fechado para almoço. Nunca vi disso! O atendente, muito gentil, nos levou ao único local onde poderíamos almoçar. A cidade é minúscula, um legítimo fim do mundo.
O restaurante ficava em uma parte mais alta. O frio era intenso. Eu e o Juan fomos estacionar as motos na esquina do restaurante. Tivemos que tirar dali, pois o vento era tão forte que poderia derrubar as motos.
O restaurante é do tipo caseiro. Serviu uma ótima comida. Compensou o frio e o vento.
De volta no posto, fomos informados que somente aceitavam peso chileno. Problema, pois não tínhamos. Como o Vitor e o Demerval levavam galões de gasolina, eles abasteceram suas motos. As outras motos tinham combustível suficiente.
De Cerro Sombrero até Rio Grande foram 80Km de rípio. Como tivemos dificuldades, paramos e esvaziamos um pouco os pneus. Atravessamos pelo Paso San Sabastian.
Tivemos, novamente, que passar pela aduana. Sair do Chile e entrar na Argentina. Foi um processo rápido.
Em Rio Grande, como estávamos em cinco pessoas, conseguimos uma alojamento  com 2 quartos, cozinha e banheiro no Hostal Antares. Muito bom.  A noite preparamos uma bela janta (receita do Ely) com vinho nacional.
A região patagônica da argentina e Chile é rica em petróleo, existem muitas estruturas de extração. Além do petróleo existe a criação de gado e de ovelha. Não se produz mais nada, nada é plantado.

Dia 20

Reservamos a parte da manhã para visitar o barco Desdémona. Como tínhamos 40 km de rípio, resolvemos alugar um carro. Pegamos um Corsa Classic, mais barato. Deixamos a moto no estacionamento e saímos.
Próximo ao local onde está o barco tem umas construções abandonadas. Era um complexo hoteleiro que não deu certo.
Fazia muito frio e quando chegamos próximo ao barco começou nevar forte. Para quem nunca tinha estado nessa situação, foi muito legal. Voltamos para Rio Grande, devolvemos o carro, pegamos as motos e partimos em direção ao Ushuaia. O frio continuava forte.
A mais ou menos 60 km de Ushuaia apareceram as montanhas coberta de neve, pois até agora era tudo muito plano, com vegetação rasteira, sem árvores. Era uma região de estepe (planície coberta por planta herbácea). Quanto mais próximos de Ushuaia, mais neve cobria as montanhas e o acostamento.
Chegamos ao hotel às 22h. Ficamos no Tierra del Fuego Apart Hotel (http://v4.tierradelfuego.org.ar/aparttierradelfuego/). Um apartamento com três quartos, sala, cozinha e banheiro. Como estávamos em cinco pessoas, foi um achado, apesar de ser o mais caro que estivemos.
Das cidades que estivemos, exceto Comodoro e Rio Grande, que são cidades maiores, Ushuaia não tem a mesma estrutura das cidades menores. Por estar localizada em uma região montanhosa suas ruas não tem a mesma organização das outras cidades.  Aqui é mais difícil de se orientar. Por ser uma cidade turística o movimento de pessoas e carros é grande.

           Dia 21

De manhã fomos ao centro da cidade para conhecer, fazer compras, almoçar. Aproveitei para comprar o óleo de motor para minha moto e uma luva, pois a que eu tinha não era suficiente.
Como a moto do Demerval estava vazando óleo do diferencial, tivemos que ir atrás de um mecânico.  Informação daqui, informação dali, acabamos na frente da Moto Pablo, rua Intendente Olmos 908, que só abria a tarde. O comércio abre às 10h. Algumas firmas só abrem a partir das 16h e ficam até tarde abertas. É o caso do Moto Pablo.
Assim fomos almoçar e depois deixamos a moto no mecânico. Para quem tiver problemas com moto, recomendo esse cara. Ele é muito conhecido, é só perguntar.
Todo o motociclista que vem ao Ushuaia tem como objetivo ir até o final da RN-3. Conosco não foi diferente. Após deixar a moto percorremos os últimos 20 km da RN-3. Totalmente de rípio.
Reconhecimento feito e fotos tiradas, voltamos e subimos o morro que leva até a pista de esquiagem. Apesar de estar fechada, ainda estava coberta de neve. Lugar muito bonito, mas o caminho totalmente de rípio. Retornamos e às 20h fomos buscar a moto no mecânico.
Aqui considero o primeiro erro que cometemos, pois valeria a pena ficar mais um dia. Fica para a próxima.

Dia 22

Levantamos às 6h30min, tomamos café e às 8h saímos. A temperatura estava 2ºC. A saída foi fantástica. O visual das montanhas cobertas de neve era de fazer brilhar os olhos. Fizemos esse percurso bem devagar, parando várias vezes para fotografar.
Abastecemos as motos em Tolhuin Ao meio-dia paramos em Rio Grande para almoçar e nos preparar para os próximos 157 km de rípio, que começariam após o paso San Sebastian. Foram 4 horas de sufoco. As estradas 257 e a Y-71 são  muito movimentadas. Cruzamos com caminhões e carros em alta velocidade. A poeira era constante, muitas vezes dificultava a visão. Quando cruzávamos com esses veículos tínhamos que sair do trilho, feito por eles, e pegar a parte de estrada que possui muito rípio solto, dificultando o equilíbrio.
Chegamos a Porvenir às 19h. Fizemos um lanche rápido e fomos para o porto, pois o barco saía às 20h. Chegamos bem na hora da saída do barco. A travessia dura de 2h a 2h30min. O navio é bem confortável.
Chegamos em Punta Arenas às 22h30min.
Ficamos no Hostal Ovejero. Excelente hostal, quartos muito bons e atendimento de primeira. É uma ótima escolha para quem vai passar alguns dias nessa cidade..


Dia 23

De manhã fomos ao centro para conhecer e fazer algumas compras. Almoçamos no restaurante Pila Aike (calle Chiloe, 871). Recomendo. Como a maioria das cidades do Chile, Punta Arenas é uma cidade bem organizada, com ruas largas, vários prédios antigos e povo educado e prestativo.
Tanto nas pequenas cidades da Argentina como do Chile, o trânsito é tranquilo. A buzina raramente é usada.
À noite jantamos no hostal. Compramos algumas coisas e vinho. Usamos a cozinha do hostal para jantarmos.

Dia 24

Partimos para Puerto Natales. Notamos que o retentor da suspenção da minha moto estava vazando. Em Puerto Natales encontramos um mecânico que tinha bastante conhecimento, mas como era sábado não trabalhava e na cidade não tinha a peça para reposição.  Resolvemos ficar até segunda-feira para tentar resolver o problema. Também tínhamos o risco de não encontrar o retentor e se tivesse que vir de uma cidade maior levaria de 1 a 2 dias.
Bela cidade, calma, organizada. A cidade tinha muitos turistas, que usam bicicletas para os passeios.  Hospedamo-nos no Hostal Alcázar (www.hostalalcazer,cl). Bom hotel,  recomendo. Fomos muito bem atendidos.
Todos os hotéis na Patagônia tem calefação, tanto nas áreas comuns como nos quarto. Era certo que ao entrar no quarto a calefação estava ligada. O quarto ficava muito abafado, era desagradável. A primeira coisa que fazíamos era desligar a calefação.
Assim passou o dia.

Dia 25

Hoje vamos fazer um passeio de dia inteiro às Torres del Paine. Para isso contratamos o serviço de uma agência. Na hora marcada uma van nos pegou no hotel.
Torres de Paine não pode ser esquecida; é um lugar a ser visitado. O ideal é passar alguns dias e conhecer o parque de bicicleta. Dentro do parque é possível acampar. Existem áreas para isso. Em um passeio com agência ficamos limitados ao que nos mostram. Não podemos explorar a fundo o local. Pagamos AR$36.000 à agência, AR$18.000 o ingresso e AR$ 3.000 para conhecer uma imensa caverna que era habitada por um enorme animal chamado Milodón (http://cuevadelmilodon.cl/en/index.php) . Cada um teve que levar seu almoço.
Voltamos para o hotel no final da tarde, compramos algumas coisas para comer e jantamos no hotel.

Dia 26

Saímos de Puerto Natales por volta das 8H sem resolver o problema do retentor da minha moto. Para evitar que o óleo da bengala sujasse a pastilha do freio eu fiz uma enjambração  com uma garrafinha de água. Após 20 minutos já estávamos no Paso Dorotéia, saindo do Chile e entrando na Argentina. Dos três passos existentes nessa região, o único totalmente asfaltado é esse. Mais alguns quilômetros e estávamos em Rio Túrbio.
A ideia era procurar alguém nessa cidade para substituir o retentor, mas como a moto estava indo bem, resolvi seguir em frente, para não perder muito tempo.
Para não pegarmos estrada de terra resolvemos seguir pelo caminho mais longo. Assim fomos em direção a La Esperanza, onde abastecemos e comemos algo. Seguimos, então, para El Calafate.
O caminho é muito bonito. Montanhas cobertas de neve. Um visual fantástico. Estrada boa.
Chegamos em El Calafate por volta das 15h.
Instalamo-nos no Hotel Punta Norte, calle 25 de Mayo 311. O hotel é bom, mas o atendimento foi muito fraco. Recomendo, mas com essa restrição.
Após, fomos à algumas agências para contratar excursão ao glacial Perito Moreno. Visitamos duas e constatamos que os preços não variavam. Eu contratei a visita ao glacial e o passeio chamado Rios de Hielo, onde navegamos pelo Lago Argentino, coberto de blocos de gelo de vários tamanho, que se desprenderam dos glaciares. Como estou com o tornozelo machucado, não pude fazer a caminhada pelo glacial (http://www.hieloyaventura.com/2010/port_mini-trekking-glaciar-perito-moreno.asp)
O Ely e o Juan fizeram esse passeio e acharam fantástico.

Dia 27

Cedo a van nos pegou e nos levou até o Parque Nacional Los Glaciares (http://www.parquesnacionales.gob.ar/areas-protegidas/region-patagonia/pn-los-glaciares/), onde a atração mais importante é o Glacial Perito Moreno. Para conhecê-lo de vários ângulos existem passarelas que se leva por volta de uma hora à uma hora e meia caminhando. Dessas passarelas pode-se ver e fotografar o glacial bem de perto. Como o passeio é o dia todo, deve-se levar o que comer. A todo o momento se ouve estrondos que parecem tiro de canhão. São os blocos de gelo que se desprendem do glacial. Tentei várias vezes fotografar esse desprendimento, mas não consegui.
O passeio saiu AR$420 mais AR$200 de entrada.
Esse passeio pode ser feito sem a contratação de uma agência, pois no parque existe lugar para estacionamento e não tem problemas com a segurança. Só que nesse caso não temos as explicações dos guias. Todo o caminho até o parque é asfaltado.
Como eu estava com aquele vazamento na suspenção, quando retornei do passeio fui levar a moto para conserto. Encontramos uma oficina mecânica muito boa, que fizeram um bom reparo.
Quem for a El Calafate e tiver problemas com a moto pode levar na Mecânica Mono (é o apelido do dono), que fica na calle Rio Gallegos 237. Esse pessoal faz rally (https://www.facebook.com/CalafateMonkeyTeam).
Assim, passou o dia. À noite fomos jantar um cordeiro patagônico. Restaurante Casimiro Biguá (http://www.casimirobigua.com/restaurant.php), Av.Libertador 963, ao lado do Thaler Cambio-Exchange. Um belo restaurante, não muito barato, mas valeu. Não me liguei muito na carne de cordeiro,
O glaciar Perito Moreno apesar de ser o mais famoso, não é o maior glacial da Argentina. Em primeiro lugar está o glacial Viedma com uma extensão de 977 Km², em segundo lugar vem o glacial Upsala com 765 Km² . O Perito Moreno tem somente 250 Km².

Dia 28

Muito frio, 4ºC, café tomado e novamente a van nos pegou no hotel e fomos em um passeio percorrendo o Lago Argentino, onde conhecemos o Glaciar Upsala e o  Spegazzini. Percorremos 75 km até o porto para embarcarmos em um catamarã. O barco estava lotado. Tinha que ficar bem ligado para pegar uma bom lugar para tirar as fotos.
O Lago Argentino é o maior lago da Argentina com 1500 km², sendo suas águas basicamente dos degelos.
Havia pedaços de gelo, que se desprenderam dos glaciais e flutuavam, derretendo-se aos poucos. Alguns desses pedaços eram tão grandes que escondiam um iate de médio porte. A cor a água é de um verde que prende o nosso olhar.
Apesar do frio e do vento, que combinados davam uma sensação térmica abaixo de 0ºC, tirei muitas fotos. Algumas ficaram fantásticas.
Voltamos à cidade por volta das 15h e fui buscar a moto no mecânico.

Dia 29

A idéia inicial era seguir para El Chaltén, mas como a RN-40 realmente tem muitos trechos sem asfalto e já tivemos uma experiência estressante em estradas de rípio, resolvemos mudar o roteiro, assim não pudemos conhecer as Grutas de Mármore  no Lago General Carrera em Chile Chico. Seguimos então para Puerto San Julian. Novamente em La Esperanza, abastecemos e fizemos um lanche.
Chegamos em San Julian por volta das 17h.
Paramos no primeiro hotel que encontramos. Hotel Bahia (http://hotelbahiasanjulian.com.ar/). Excelente, pagamos AR$960 quarto triplo.
A pé fomos conhecer a cidade. Caminhamos até a orla, na baia de San Julian, Lá fotografamos uma réplica da nau Victoria, que comandada por Fernão de Magalhães foi o primeiro navio a circunavegar o globo. Participou da descoberta do Chile e foi o primeiro a explorar a região em 1520.  Também tem a réplica de um caça argentino que combateu nas Malvinas, homenageando os mostos nessa guerra.
A cidade é tranquila e organizada e não tem edifícios, exceto por uns malucos que passam pela avenida principal a toda hora, inclusive de noite, com a descarga do carro aberta, fazendo um barulho destraçado. Disseram-nos que o maluco é filho de uma pessoa importante na cidade e que ninguém toma providência, nem a polícia. Portanto, se esses caras estiverem vivos quando for a San Julian, te prepara para essa merda.
Compramos o que comer e no restaurante do hotel jantamos.
Como referência tem a Hosteria Miramar (http://www.hosteria-miramar.com/) e Costanera Hotel (http://www.costanerahotel.com/).
Nesse dia percorremos 603 km.

Dia 30

Cedo partimos para Comodoro Rivadávia.
Como eu continuava com problemas na bateria da moto tivemos que pernoitar na cidade. Fomos ao mecânico já conhecido e com sua ajuda fomos atrás de uma bateria. A original estava caríssima. Após percorrer várias lojas achamos uma pouca coisa maior mas que serviu e custou bem menos. Comprada a bateria e feita a troca fomos para o hotel.
Fato interessante é que no deslocamento para a oficina um carro da polícia nos acompanhou. Chegando na mecânica os policiais nos abordaram. Porém não era uma abordagem policial, mas sim, que um deles falava português e somente quis conversar.

Dia 31

Na saída de Comodoro tivemos problemas com a moto do Juan. Não foi possível resolver então tivemos que voltar para o hotel e somente pudemos ir para a estrada no dia seguinte.

Logo após sair do hotel a moto do Juan bateu na traseira da moto do Ely. A do Ely somente deslocou o pisca, mas a do Juan quebrou um dos faróis, e algumas partes da carenagem.
Paramos e recolhemos todos os pedaços que encontramos e voltamos para o hotel. Lá com ajuda de uma cola tipo super bonder, colamos o acrílico do farol e por cima colamos um contact transparente, remontamos tudo e como já era tarde ficamos na cidade.  Ficou muito bom. E, de fato, aguentou todo o resto da viagem.
Como não tínhamos o que fazer fomos dar uma volta pela avenida principal. Diferentemente dos dias anteriores, hoje havia muita gente passeando pela avenida. Fomos conhecer o cassino. Ficamos um pouco e saímos. Não sei como alguém pode perder seu tempo jogando naquelas máquinas.

Dia 1/11

Finalmente conseguimos sair de Comodoro Rivadavia. Abastecemos em Sarmiento. A RP-26 (ruta provincial) está repleta de máquinas para extração de petróleo, as chamadas cavalos de ferro). A paisagem é muito bonita apesar da monotonia da vegetação, que é basicamente estepe. Próximo a Sarmiento matei a saudade de árvores, pois até agora eram raríssimas.
A RN-40 está cheia de remendos mal feitos e muitos buracos. Entre Sarmiento e Gobernador Costa percorremos a maior distância entre postos de gasolina, 258 km, sem problema de falta de combustível nas motos.  O posto em Gobernador Costa estava sem gasolina a dois dias. Tinha gente dormindo nos carros. Felizmente quando chegamos o posto acabara de ser abastecido. Tivemos que enfrentar uma pequena fila de carros.
Almoçamos na estação rodoviária. Comida simples, boa e barata.
Seguimos para Esquel. A RN-40 continuava com trechos ruins, mas nos últimos 70 km estava um tapete. A chegada em Esquel é muito bonita, bem arborizada.
Como boa parte das cidades pequenas, Esquel tem em sua entrada um pórtico e um posto policial. Na maioria das vezes não fomos parados, mas aqui nos pararam e pediram os documentos, educadamente. Sem problemas seguimos em frente.
Andando pela cidade a procura de hotel, um morador de carro parou e nos perguntou o que procurávamos, disse que procurávamos um hotel barato. Ele nos levou até o Hotel Sky (http://www.resky.guiapatagonia.net/), simples e bom.
Após tiras as bagagens das motos fomos conhecer a estação de esqui, São 6 km de subida em estrada de rípio. Com cuidado vencemos essa distância.
Visual fantástico É um passeio obrigatório.
Depois fomos conhecer o lago La Zetta. Estrada de terra muito movimentada, muito pó. É um bonito passeio, mas para mim não valeu.
Como já estava anoitecendo, fomos providenciar a janta.

Dia 2

Levantamos 7h, tomamos café e partimos para Bariliche. Chegamos por volta de 13hs.
A RN-40 tem trechos bons e outros ruins. Imperfeiçoes perigosas para quem está de moto. Nos últimos 70 km para Bariloche a estrada fica boa, com muitas curvas. Estava uma temperatura agradável.
Ficamos na Hosteria El ñire (http://elnire.com.ar/es/index.php) , simples, bom preço e agradável.
A tarde passeamos e fotografamos.
Bariloche é tipo Gramado, cidade estruturada para o turismo.
Como o dia estava acabando fomos providenciar a janta.

Dia 3

Hoje levantamos mais tarde, tipo 8h30min. Tomamos o café e fomos conhecer alguns pontos turísticos. No Cerro Campanário o Juan e o Ely subiram o morro e eu fiquei esperando, pois não tive interesse em conhecer. Depois rodamos pelo parque Llao Llao, muito bonito. São lagos de águas cristalinas, algumas azuis outras verdes, muita vegetação e paisagens incríveis.
Como já era meio dia paramos no Punto Panorâmico, um restaurante na encosta de uma parte alta. Pedimos uma comida húngara que não me lembro o nome. O lugar é fantástico, vale a pena parar para conhecer.
Seguimos em direção ao Cerro Catedral, onde é praticado o esqui. Havia muita neve. Conforme os nativos isso é incomum. Tivemos sorte.
Subimos de bondinho até o topo. Como não calçamos botas impermeáveis, eu estava de tênis, tivemos que ter cuidado para não congelar os pés. Apesar da quantidade de neve, não estava frio.
Mesmo a pista estando fechada, o movimento de turistas era grande, tivemos que esperar bastante tempo para subir no bondinho. Pagamos AR$265,00 cada um. Vale a pena.

Dia 4

Saímos de Bariloche por volta das 8h. Nosso primeiro abastecimento foi em Piedra  del  Áquila, 215km de Bariloche, tivemos que esperar o posto ser abastecido. Aproveitamos para almoçar.
Chegamos em General Acha por volta de 20h. Rodamos 890 km.
Paramos no Hotel Patagonia (http://www.patagonia-hotel.com/). Para passar uma noite está bom.
Hoje o Juan notou que o pneu traseiro da minha moto estava com a malha de aço aparecendo, ou seja, é o fim. Pelo que conseguimos apurar não vamos encontrar um pneu na medida em que precisamos. Vamos ter que ir até Santa Rosa, que é uma cidade maior.
Fomos jantar em um restaurante e fomos dormir.

Dia 5

Saímos de manhã após o café. Devido ao estado do pneu da minha moto tive que percorrer os 108 km até Santa Rosa em baixa velocidade, a 80 km/h. Todo tipo de veículo com roda passava por nós. O Ely me acompanhou, enquanto o Juan foi na frente para chegar antes em Santa Rosa e procurar o pneu que preciso.
80 km/h, ninguém merece, é uma tortura, o tempo não passa, muito menos a distância. Paciência. Melhor assim que levar um tombo por um pneu estourado.
Chegando em Santa Rosa fomos a um posto de gasolina, que normalmente possuem wifi e entramos em contato com o Juan. Encontramo-nos e fomos a única loja que possuía o pneu. Só tinha um e na medida 150, eu precisava o 160. Não teve jeito, tive que ficar com esse. O pior viria depois, o preço. Míseros AR$4.200,00. Já em casa, quando veio a conta do cartão, a surpresa foi maior. O valor convertido se transformou em R$1.700,00. Por um pneu?
Por indicação do vendedor fomos a um borracheiro perto. Como ele não tinha ferramentas e eu preferi tirar a roda por minha conta, meti a mão na graxa. O trabalho do borracheiro foi bem executado. Roda no lugar, partimos para a estrada.
Enquanto estávamos trocando o pneu apareceram pessoas para conversar. Uma delas tinha uma moto e nos levou até a saída da cidade, até a RN-5, de onde seguimos para Mercedes. Isso é o tipo de coisa que só acontece com quem viaja de moto. Se estivéssemos de carro não pintava ninguém.
Chegamos em Mercedes por volta das 19h30min, já noite.
Para não perder tempo no dia seguinte, abastecemos as motos e fomos para o único hotel da cidade, Hostal Del Sol (http://hotelhostaldelsol.com/), muito bom, recomendo. Pagamos AR$910,00 por um quarto triplo.

Dia 6

Levantamos as 5h30min para sair as 6h. Como tínhamos dito que sairíamos cedo, o pessoal do hotel preparou um café para nós.
Por mim nós deveríamos sair bem mais cedo, tipo 4h30min na estrada, mas a democracia imperou e fui vencido. Eu sempre tenho em mente que ao seguir para um lugar desconhecido e muito movimentado como Buenos Aires, sempre podem ocorrer problemas que poderão nos atrasar. E foi o que aconteceu.
O que pensávamos seria uma viagem rápida, pois eram somente 100 km, durou 2h30min. Assim perdemos o primeiro buque.
Primeiro, desviamos em um entroncamento e fomos parar em uma estrada horrível, cheia de buracos. Após percorrer alguns quilômetros paramos no acostamento e um carro da polícia parou atrás. Felizmente não queriam nada, só ajudar. Informaram-nos o caminho correto para a autovia, agradecemos e seguimos.
Seguindo o GPS do Ely saímos da autovia e pegamos um caminho congestionado, pois era o horário de maior movimento. Por indicação de um motociclista seguimos por um caminho que nos levou novamente a autovia, mas na pista errada. Após alguns quilômetros nos demos conta e fizemos o retorno e o movimento na autovia aumentando a cada minuto.
Pronto, tudo parado. Anda e para por muito tempo. O Juan já tinha desaparecido. Como a maioria dos motociclistas andavam em uma pista bem estreita do lado esquerdo, resolvi seguir por ai. Com muito cuidado percorremos vários quilômetros. Foi um achado.
O caminho pela autovia até o porto é bem simples. Segue-se pela autovia até o cruzamento da 9 de lulio e aí pega-se a pista que desce, da esquerda. Mas não é tão visível, pois não se conhece o caminho a frente; não se tem tempo para pensar. Tem-se que acompanhar o fluxo ou passam por cima.
O pessoal de moto é muito louco. São motos pequenas e eles passam a mil pelos carros e por nós, por qualquer freta. A cada segundo passa um. Não tem como controlar quem vem atrás, pois teríamos que ficar o tempo todo olhado o retrovisor. Assim, sem mais, um casal em uma motinha bateu na minha traseira. Eu quase não senti a batida. Quando olhei no retrovisor vi a moto no chão e o casal se levantando. Paramos no pequeno acostamento a esquerda e fui ver o que poderia fazer. Como o louco colocou a moto no acostamento da direita e não tinha como chegar até lá, sem correr o risco de ser atropelado subi na moto e fomos embora. Até chegar ao Uruguai fiquei preocupado, pois me parecia que a qualquer momento a polícia me pararia e aí seria complicado.
Chegamos no porto de Buenos Aires às 9h30min, no momento em que o navio se preparava para zarpar. O guarda nos avisou para largar as motos em um canto e correr para fazer os preparativos para embarque.  Não pensamos duas vezes. Ele avisou os responsáveis que adiaram a partida. Foi uma loucura. Correr para comprar as passagens, fazer a aduana e outros procedimentos que não recordo. No final tudo certo, embarcamos e o navio pode seguir viagem. A travessia durou 3 horas. Chegamos em Colônia às 13h e seguimos direto para a travessia do Uruguai. Rutas 1, 11 e 8. Chegamos em Jaguarão às 22h. Ficamos no La Torre Hotel (http://latorrehotel.com.br/site/content/home/) pagamos R$100,00 cada quarto. Um dos melhores hotéis que ficamos em toda a viagem.

Dia 7

Após o melhor café de toda a viagem, com melão, mamão e tudo mais, fomos fazer algumas compras em Rio Branco. Ao meio dia nos encontramos no hotel e saímos em direção a Porto Alegre. Chegamos em Porto Alegre não sei a que horas, pois em Jaguarão já tinha abandonado o diário.

DADOS DA VIAGEM

Valor do Dolar: R$ 3,70

Distância total: 10.700 km

Duração: 27 dias

Despesas (sem considerar presentes e imprevistos)

1 – Gasolina:                                      Litros: 550
Valor:                                       R$ 1.916,35 (US$ 517,93)

2 – Alimentação:                                R$ 1.265,64 (US$ 342,06)

3 – Hospedagem:                               R$ 1.697,07 (US$ 458,67)

4 – Outros (passeios, Barcos)            R$ 2.498,72 (US$ 675,33)

Total:                                                 R$ 7.377,78 (US$ 2.026,22)

Conclusão

Esse tipo de viagem, para não ter maiores problemas, deve ser planejada com todo o cuidado. Eu comecei um ano antes.
Apesar do planejamento, que deve ser visto como um orientador, alguns imprevistos podem acontecer e adaptações devem ser feitas. Sempre deve imperar a democracia nas decisões.
Não se deve seguir cegamente o roteiro. Pode acontecer de em um determinado lugar, onde no roteiro ficou previsto ficar um dia, querermos ficar mais um.
Considero muito importante a estimativa de custo. Assim pode-se pesquisar na internet o custo em hospedagem, alimentação e combustível. No nosso planejamento esse custo foi quase perfeito. No entanto, imprevistos ocorrem, por exemplo, problemas com a moto.
Em viagem em grupo considero importantíssimo ouvir a opinião de todos, onde a opinião da maioria deve prevalecer. No entanto o bom censo vem em primeiro lugar.
Um problema enfrentado pro todo o turista brasileiro é a possibilidade de um policial argentino nos parar e inventar qualquer irregularidade para poder nos extorquir dinheiro.
O departamento de Entre-Rios é onde mais isso ocorre. Assim decidimos seguir pelo Uruguai até Colonia del Sacramento e atravessar por navio. Aparentemente o custo é um pouco maior, mas deixa-se de percorrer vários quilômetros de estrada, consumindo combustível e correndo o risco de ter que dar dinheiro aos policiais corruptos. Penso que foi a medida acertada.
        Quem tiver interesse pode acessar o roteiro elaborado. Pode ser usado como base para a elaboração de um roteiro próprio. Assim acesse o Roteiro Proposto e o   Roteiro Realizado.

IDA


IDA

 


VOLTA




VOLTA




VOLTA



Valeu!!!!!!!

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Definições a partir da reunião de 06/08/2011